Real Sitio de Aranjuez (Paisagem Cultural Património da Humanidade), a 47 quilómetros a Sul da Capital e junto ao Rio Tejo, num local onde já faziam as “escapadas” os Reis Católicos, Isabel e Fernando, Juan de Herrera ergueu para Filipe II o Aposento Real e o Jardim Botânico, aproveitando a bondade climatérica da várzea. No século XVIII, e para agradecer o apoio da povoação à sua causa na Guerra da Sucessão, o Bourbon Felipe V trouxe para Aranjuez o centro da corte, e o seu filho Carlos III terminou as duas alas do actual Palácio Real, sobre os restos do aposento de Felipe II, assolado por um incêndio em 1655. Carlos IV culminou a obra do Jardim do príncipe e a Casa do Lavrador.
A escadaria, o Salão do Trono, o Gabinete Chinês e o Gabinete Árabe são alguns dos principais centros de interesse deste sumptuoso palácio que se debruça, da sua fachada oriental, ao Jardim do Relvado, culminado pela Fonte de Hércules, dos finais do século XVIII, e do qual se acede ao Jardim da Ilha, onde plantas, estátuas e repuxos compõem um ambiente carregado de magia. Villanueva desenhou para Carlos IV o Jardim do Príncipe, anexo, sobre a horta de Fernando VI, onde se situam o Museu das Faluas - testemunho do sonho dos reis espanhóis de fazer comunicar o centro de Espanha com o oceano – e a caprichosa Casa do Lavrador.